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A Agonia da Santa Casa. Ou: Se eu fosse diretor de lá, não estaria assim... A menos que algumas forças me impedissem de implantar um Programa de Fundraising.


(Original em http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2015/08/empresa-de-seguranca-rompe-contrato-com-santa-casa-de-sp.html )

06/08/2015 18h21 - Atualizado em 06/08/2015 19h43

Empresa de segurança rompe contrato com Santa Casa de SP

Grupo GR diz que hospital deve R$ 10 milhões em folha de pagamento.
Santa Casa está em crise desde 2014 e tem rombo de R$ 773 milhões.

Do G1 São Paulo
Crise financeira da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo está atrapalhando até a realização de exames (Foto: Reprodução TV Globo)Santa Casa de São Paulo está em crise desde o
ano passado (Foto: Arquivo/Reprodução TV Globo)
A empresa de segurança Grupo GR, que presta serviços à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, anunciou nesta quinta-feira (6) que irá romper o contrato e iniciar o processo de demissão de 500 funcionários que trabalham na instituição.
O grupo alega que o encerramento é devido a uma dívida de R$ 10 milhões da Santa Casa, proveniente de folhas de pagamento que não foram quitadas.
A assessoria da Santa Casa confirmou que o contrato se encerra a partir desta sexta-feira (7) e que uma nova empresa assumirá a partir das 6h do dia 8 de agosto.
A Santa Casa informou, ainda, que a GR se comprometeu a manter a equipe de segurança atual em seus postos até este horário. 
"O valor do contrato firmado com a GR na gestão anterior é incompatível com o que a Santa Casa podia e pode, hoje, pagar", afirmou a instituição em nota. "A dívida foi negociada e um acordo de parcelamento feito ainda na gestão anterior. As parcelas estão sendo pagas em dia. A atual gestão assumiu algumas dívidas anteriores com fornecedores e trabalha em um plano de negócios para fechar suas contas no azul".

A instituição enfrenta, desde 2014, a maior crise financeira de sua história, com um rombo R$ 773 milhões nas contas.
Crise financeira
Em setembro do ano passado, o hospital informou que devia R$ 433,5 milhões. Uma auditoria independente, porém, verificou que a crise financeira era 78% maior que a avaliação inicial
A auditoria foi encomendada pela Secretaria Estadual da Saúde e aponta má gestão da Santa Casa. Dentre as irregularidades, o relatório indica a compra de materiais superfaturados, pagamento de super salários e fraudes em contratações de serviços.
Há situação irregular até na lavanderia. O preço contratado foi de menos de R$ 2 o quilo de roupa lavada, mas o valor praticado é de R$ 3. A instituição perde R$2,6 milhões por ano somente nesse contrato.
A maior dívida é com a folha de pagamento dos funcionários, estimada em R$ 114 milhões. O provedor da Santa Casa, José Luiz Egydio Setúbal, assumiu em 9 de junho de 2015, depois que seu antecessor renunciou ao cargo em abril.
No início da gestão, o tesoureiro Eduardo de Almeida Carneiro, afirmou que a nova gestão pretendia cortar cerca de 12% do quadro de funcionários. O corte representaria a demissão de mais de mil funcionários de um total de 8 mil. “Cerca de mil pessoas equivalem a um corte de gastos de R$ 4 milhões mensais na folha de pagamento”, disse.

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