Comentários feitos por especialistas brasileiros da PMK Fundraising e Supporter's Club - www.pmk.com.br

Sua Associação Está BLINDADA contra a Crise que se anuncia?


Caros Amigos, 

CRISE à vistaaaaa  !!! 

É o que alardeiam todos os economistas, analistas e… “profetas” políticos e mediáticos. 

O que realmente vai acontecer? 

O que você e eu sabemos é que nunca as coisas se passam exatamente do jeito que eles preveem, mas… alguma crise sempre acontece… e em geral é pior do que as previsões. 

É para essa hora - de CRISE - que as Organizações sem fins lucrativos, filantrópicas, do Terceiro Setor, enfim, precisam estar preparadas. 

Se a vida de vocês já é difícil sem crise, imagine com ela! 

Na hora de uma crise, seus doadores, seu público alvo, todos começam por estabelecer prioridades em suas despesas. 

Isso significa cortar o “supérfluo”. 

E quem aparece no TOPO dos supérfluos? 
A doação para sua associação! 

Como inverter isso? 

Como mudar essa escala de valores, que joga a sua Instituição para o fim da lista? 

Como reverter a crise em favor dos necessitados que você ampara, também eles vítima de políticas econômicas irresponsáveis? 

Como fazer com que sua Organização, sua Causa, sobrevivam num ambiente de crise, principalmente quando ela é aumentada pelas cornetas da mídia, gerando ainda mais terror nos seus doadores ou possíveis doadores? 

Nós, da PMK Involvement Marketing, nesses últimos 30 anos de atividade em Fundraising já tivemos oportunidade de lidar com várias crises. 

E aprendemos muito sobre CRISE. 

Sobrevivemos a todas elas, junto com nossos clientes. 

E se eu lhe disser que a CRISE pode ser revertida em uma situação favorável para as organizações que vivem de doações? 

Como? 

Isso mesmo. 

Há inúmeros estudos nessa matéria. 

Há exemplos e mais exemplos que foram engrossando o conjunto de técnicas de Fundraising ao longo dos tempos (ou das crises...).

Você quer saber mais sobre isso? 

Uma boa notícia então: você já está num local onde trataremos disso em abundância

Este Blog. 

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Ao longo de nossas publicações você vai entender um pouco mais dessa ciência chamada Fundraising. 

Você vai descobrir que a CRISE não vai colocar sua instituição num BECO SEM SAÍDA… 

...mas, se você souber aplicar as técnicas de Fundraising que vamos indicar aqui, poderá aproveitar essa situação e transformar esse aparente BECO numa AMPLA AVENIDA DE POSSIBILIDADES.  
Cordialmente, 

Odair Gutirres 
Fundraising President 
www.pmk.com.br
PMK - involvement marketing

O que a PMK Involvement Marketing faz em termos de Fundraising?


Segue abaixo uma apresentação resumida que procura transmitir o que nós pensamos em matéria de estratégias para fundraising. 

No último slide dá para ter uma idéia de nossa equipe e de todos os serviços que oferecemos para organizações do Terceiro Setor.



Quantas vezes por ano podemos pedir doações aos nossos doadores atuais?


A maioria das organizações americanas trabalham com envio de 12 a 18 cartas de apelo por ano, além de 3-6 boletins informativos. Alguns fazem mais do que isso. 

No Brasil já conduzimos programas com até 24 pedidos por ano. E foi um sucesso.

Se você está se comunicando com os doadores muito menos do que isso, provavelmente não está maximizando sua captação de recursos. 

Não há nenhuma evidência de que mais contacto afasta os doadores. 

Na verdade, a baixa freqüência de captação de recursos faz com que não só diminua sua receita líquida no curto prazo, mas piora a retenção de doadores, o que comprometerá sua receita futura. 

Entretanto, mais importante do que a frequência com que você se comunica é a relevância de seus apelos. Se você é falar a língua dos seus doadores e dando-lhes várias vezes a oportunidade de "mudar o mundo" do jeito que eles acham importante fazer (e, em seguida, agradecendo-lhes bem), você pode manter uma freqüência muito alta de comunicação. 

Quando você erra nesse ponto, até um ou dois apelos por ano serão demasiados. 

Devemos, às vezes, enviar cartas e e-mails que não peçam nada? 

Raramente. 

O importante é ter um bom programa de gratidão. 

Saber agradecer suas doações, mostrando-lhes como eles fazem a diferença na sua obras. Os doadores gostam de doar! É por isso que devemos continuamente lhes dar essa oportunidade. 

E quando eles sentem que você agradece, essa vontade de colaborar aumenta.


Entrevista: Marketing Direto ao Coração

(Trechos da entrevista concedida à revista "Marketing Direto" 
da ABEMD - Associação Brasileira de Marketing Direto). 

As ferramentas do Marketing Direto, que ganham cada vez mais espaço nas estratégias de Marketing das corporações, também têm se mostrado de grande proveito para atrair recursos e voluntários para o Terceiro Setor. 

A clara adequação dessas ferramentas às ações de fundraising é o tema central desta entrevista com Odair Gutirres, um dos maiores especialistas brasileiros nesse segmento, que desde 1982 utiliza o arsenal do Marketing Direto para alavancar ações de grande impacto social. 

Presidente da PMK Involvement Marketing, com especialização em Marketing Social e Fund Raising político e filantrópico pela Advanced Direct Marketing School de Washington, Odair coordena inúmeros projetos de levantamento de fundos para entidades do Brasil e do exterior. 

Apesar do crescente uso das ferramentas do Marketing Direto no Terceiro Setor, Odair alerta que ainda há muito espaço para avançar nessa área, principalmente no preparo de profissionais brasileiros especializados em fazer a ponte entre o cidadão que quer contribuir e a entidade que precisa desse apoio para cumprir seus nobres objetivos. 

Revista Marketing Direto - Como vê o momento atual do Terceiro Setor e como o Marketing Direto pode ajudar? 

Odair Gutirres - Eu vejo de uma maneira muito positiva essa preocupação social que aos poucos vai atingindo todos os setores da sociedade, esse aumento da consciência de que é preciso "arregaçar as mangas" e cada um fazer a sua parte. E as ferramentas do Marketing Direto, embora tenham um papel ímpar quando falamos do levantamento de fundos para o Terceiro Setor, ou seja, fundraising, talvez sejam as mais adequadas para ampliar essa participação social, ou seja, você consegue atingir as capilaridades mais profundas da sociedade, motivando-as a participar, articulando-as a favor de uma causa ou de um projeto. E permite que as entidades filantrópicas contem com uma participação mais efetiva da própria sociedade, enquanto conjunto de pessoas físicas, e se desenvolvam independentemente de ajudas governamentais ou de patrocínios de grandes empresas

Revista Marketing Direto - O Marketing Direto é, então, eficaz no recrutamento de voluntariado? 

Odair Gutirres - Sem dúvida. E de um modo muito mais amplo e rápido do que o proselitismo tradicional, na base do corpo-a-corpo, pois o número daqueles que querem participar é muito maior do que aqueles que efetivamente podem e irão participar. Portanto, é preciso considerar uma outra categoria de voluntário que poderá ser recrutado: aquele que, não dispondo de tempo, participa doando recursos financeiros para uma instituição. Como descobrir esse voluntário que está disperso na sociedade? É aí que as ferramentas do Marketing Direto são de uma eficácia enorme. Especialmente detectando aqueles que poderão participar doando recursos financeiros. 

Revista Marketing Direto - Levantar fundos por Marketing Direto também funciona no Brasil? 

Odair Gutirres - Mas é claro! E funciona tão bem como em outros países. Digo mais: em matéria de retorno o Brasil não deve nada para qualquer país, incluindo os Estados Unidos e a Alemanha, que têm grande tradição em matéria de levantamento de fundos através das ferramentas do Marketing Direto. A generosidade do povo brasileiro é historicamente conhecida. O grande problema no Brasil é que poucos são os que pedem de forma sistemática e, sobretudo, pouquíssimos os que pedem adequadamente. 

Revista Marketing Direto - O que significa "pedir adequadamente"? 

Odair Gutirres - Pedir algo é sempre uma coisa muito delicada, às vezes constrangedora. Principalmente porque o pedido de doação não é uma transação comercial. A pessoa que doa não recebe nada de material em troca, nenhum produto ou serviço, como na transação comercial. Portanto, esse pedido tem que ser muito bem fundamentado, bem formulado. É muito grande o número de pessoas que querem doar para entidades filantrópicas, mas se isso não for muito bem trabalhado, ao invés de conseguir um aderente para sua causa, você conseguirá um inimigo. A fronteira entre a adesão e a rejeição é muito débil

Revista Marketing Direto - Isso significa que levantamento de fundos é um trabalho que deve seguir métodos e critérios profissionais? 

Odair Gutirres - A profissionalização dos serviços de levantamento de fundos deve ser vista com muita naturalidade. Toda instituição deveria ter em sua estrutura um especialista em captação de recursos, assim como uma empresa tem um departamento de marketing, ou departamento comercial. E esse profissional - esse especialista - deve ser bem pago, pois ele dará condições para que essa instituição obtenha um grande volume de recursos para investir na sua missão, funcionando a pleno vapor, sem as restrições orçamentárias de costume. Do mesmo modo, poderá ser altamente conveniente para essa instituição contratar uma agência especializada em Fundraising, que direcionará toda sua comunicação, orientará o programa de relacionamento e fidelização de seus doadores. O salto qualitativo, fruto dessa ação, compensará largamente os custos. 

Revista Marketing Direto - Existem profissionais de "fundraising" qualificados no mercado brasileiro? 

Odair Gutirres - Hoje mais do que ontem, e certamente menos do que amanhã... Com o tempo estão aparecendo, mas em número muito inferior às necessidades reais do Terceiro Setor. Alguns desses profissionais já foram absorvidos pelas grandes instituições que realizam um trabalho bem estruturado. Mas, se nós compararmos com os Estados Unidos e com alguns países da Europa, eu diria que temos um escasso número de profissionais qualificados, o que é lamentável, pois uma instituição sem dinheiro praticamente fica de mãos atadas para o cumprimento da sua missão. Mesmo aquela instituição que tenha um voluntariado muito grande pode ficar limitada sem recursos financeiros. 

Revista Marketing Direto - Quais são os maiores inimigos de uma instituição filantrópica na hora de implantar um serviço de levantamento de fundos que utilize ferramentas de Marketing Direto? 

Odair Gutirres - Eu diria que são dois os inimigos mais freqüentes, que costumam se apresentar no início: o ceticismo e, paradoxalmente, o otimismo. Muitas instituições acostumaram-se a viver na escassez de recursos, então têm uma certa dificuldade de acreditar no sucesso de um programa de captação de fundos através do Marketing Direto; algumas desenvolvem até um certo fascínio pelo pessimismo, e em geral demoram muito para aceitar a necessidade dessa implantação. Depois, quando fazem os primeiros testes, se surpreendem com os resultados e aí aparece o segundo inimigo: acham que descobriram o "pulo do gato", e se limitam a programas medíocres de levantamento de fundos, utilizando apenas algumas ferramentas, de forma rudimentar. 

Revista Marketing Direto - Quais as conseqüências dessas posturas? 

Odair Gutirres - Elas levam ao fracasso, a curto e médio prazo, com conseqüências catastróficas. Um programa consistente de arrecadação de fundos por Marketing Direto significa a utilização e combinação de toda a gama de recursos que as ferramentas nos oferecem. Ou seja, um programa bem estruturado de prospecção de novos doadores, um programa de relacionamento e fidelização dos doadores freqüentes, retenção, recuperação, enfim, todos os recursos que o Marketing Direto nos oferece. O resultado é que muitos, por não conhecerem essas técnicas, acabam desenvolvendo, inadvertidamente, uma espécie de programa de "canibalização" de sua lista de contribuintes, com ações agressivas ou pouco pertinentes, gerando até rejeição à sua instituição na sociedade. 

Revista Marketing Direto - Das ferramentas do Marketing Direto, quais são as mais adequadas para se levantar fundos? 

Odair Gutirres - É difícil generalizar e dizer que esta ou aquela ferramenta é a mais adequada. A mala direta, por exemplo, tem um efeito enorme, pois permite uma comunicação muito dirigida, personalizada, falando com seu eventual doador de uma forma clara: diz o que ele precisa fazer e porque precisa fazer. Além do mais, é muito difícil numa mensagem curta expor todas as necessidades que a instituição tem. Uma carta permite mensagens longas, com argumentações poderosas, consistentes, sem ser invasiva. A pessoa pode lê-la no momento mais propício, o que significará aumento das chances de resposta positiva. Nesse sentido poderá ser melhor que o telemarketing, onde o eventual doador é obrigado a tomar uma decisão imediata e, muitas vezes, à custa de certa pressão psicológica. Doar nessas condições pode não ser a forma ideal para se conquistar um doador fiel e freqüente. O e-mail também pode ser eficaz, mas ainda há muitas controvérsias sobre a eficácia dessa mídia, ao menos por enquanto.

Revista Marketing Direto - Mas a mala direta não seria para esse caso uma mídia cara? 

Odair Gutirres - Isso não seria assim se tivéssemos tarifas de correio específicas para o Terceiro Setor, como em alguns países. Acho que seria uma forma de participação muito grande dos Correios na área social. As atuais tarifas tornam inviáveis algumas operações de prospecção de novos doadores, deixando a instituição com uma margem de break-even muito apertada. Quando a mala direta é dirigida ao seu banco de dados de doadores habituais, o problema é muito diminuído, pois teremos um retorno de cinco a dez vezes superior às malas diretas enviadas para prospects. Fica aqui uma idéia: a criação de uma "tarifa terceiro setor". Seria uma grande ajuda, um aumento da participação dos Correios na área social e um estímulo para que as entidades utilizassem muito mais a ferramenta mala direta para pedir recursos. 

Revista Marketing Direto - E a Internet e o e-mail marketing?

Odair Gutirres - Poderão ser igualmente eficazes, além de significarem um custo muito mais baixo, com a vantagem da rapidez na resposta, podendo o futuro doador informar-se sobre a instituição, navegando pelo site, interagindo através da mesma mídia com a qual está sendo abordado, até chegar à doação. A desvantagem está mais no desconhecimento das técnicas adequadas para a comunicação via Internet - ao contrário da larga experiência e do domínio que se tem da comunicação via mala direta. Eu diria que isso ainda pertence ao futuro, embora um futuro muito próximo e promissor. 

Revista Marketing Direto - Qual tamanho ideal de uma instituição para utilizar o Marketing Direto? 

Odair Gutirres - Não existe tamanho ideal. As instituições de grande porte poderão evidentemente caminhar mais rápido, com mais capacidade para prospectar e, conseqüentemente, construir em curto prazo seu banco de dados de doadores. As pequenas poderão percorrer o caminho mais lentamente, mas ambas chegarão ao mesmo ponto, comunicando-se diretamente com seu fiel ou prospectivo doador e lhe dizer: "o meu problema é este, minhas necessidades prementes são estas, e você pode me ajudar desta e daquela maneira". Tudo dependerá da credibilidade do seu projeto, do seu pedido, de saber fazer o "marketing da verdade". Para se formar uma lista consistente de doadores leais, a verdade é fundamental, além de uma obrigação ética. 

Revista Marketing Direto - É caro implantar uma estrutura de levantamento de fundos por Marketing Direto? 

Odair Gutirres - É muito mais barato do que viver sem isso. Vale pensar no seguinte: qual é o produto que você "vende" quando envia uma mala direta ou faz um telefonema com um apelo de fundraising? Nenhum. Materialmente falando, nenhum. Você lhe expõe um projeto, uma necessidade, uma idéia, e ele o ajuda enviando dinheiro. Você não precisa administrar estoques, frota de entrega, emissão de notas fiscais, fulfillment, nada. Na realidade você lhe vende algo superior a qualquer bem material. Você vende a sensação de dever cumprido, a certeza de ter sido solidário, ou ainda, o alívio de consciência, porque todos sabem de suas obrigações sociais. Elas em geral são relegadas a um segundo plano, mas volta e meia o problema se põe: "será que eu não deveria ajudar alguém necessitado? Não seria um modo de eu agradecer por tudo o que recebo, tudo o que tenho? Mas como vou fazer isso?" Nessa hora chega uma mala direta, ou um telefonema, ou e-mail, que lhe dá a oportunidade de fazer esse bem, de se redimir dessa espécie de "sentimento de culpa". E de modo fácil, pois nessa comunicação virão todas as instruções para doar com comodidade e imediatamente. 

Revista Marketing Direto - A pessoa "compra" uma espécie de alívio psicológico... 

Odair Gutirres - Sem dúvida, mas eu diria que vai além de um mero alívio psicológico. Ela terá, na comodidade de sua casa ou de seu escritório, a oportunidade real de fazer algo que ela já queria fazer. Por não dispor de tempo para visitar orfanatos, hospitais, ou mesmo ter medo de baixar o vidro do carro para dar uma esmola e ser assaltada, muitos se sentem mal por isso. Então, não seria exagerado dizer que o Marketing Direto permite uma participação da sociedade de forma muito mais abrangente. Dando oportunidade a muitos de fazerem algo pelo próximo. 

Revista Marketing Direto - Como pode ser definido o "coração" dessa estrutura de Marketing Direto? 

Odair Gutirres - Sem dúvida, o coração é o banco de dados da instituição. Ele precisa ser estruturado dentro dos melhores conceitos de database marketing. Todas as doações devem ser registradas, igualmente todo o relacionamento com o doador, todas as dificuldades que ele apresentou para doar, as questões, objeções e dúvidas que tem a respeito da instituição. Tudo deve estar muito bem catalogado e em condições de ser analisado. É preciso saber identificar aqueles que doam com mais freqüência, aqueles que doam valores maiores, aqueles que preferem doar dinheiro e os que preferem doar outros bens. A escada de fidelidade é muito importante, é preciso saber em que degrau se encontra cada doador, quem são os mais engajados, que estão dispostos a donativos mais altos e mais freqüentes. Quem não conhece exatamente o perfil daqueles que colaboram com a sua instituição não terá condições de criar uma comunicação sob medida, e colocará na "vala comum" os doadores ótimos e os menos bons, quando não perderá muito dinheiro enviando correspondência a quem não está mais interessado em doar

Revista Marketing Direto - Quais seriam alguns dos ingredientes de um bom programa de Marketing Direto para uma instituição do Terceiro Setor?

Odair Gutirres - Eu diria que é aquele que tenha antes de tudo um bom planejamento, estabelecendo quotas mensais mínimas de investimento em prospecção de novos doadores e um programa muito sólido de relacionamento e fidelização, o que sempre significará uma entrada maior de recursos. Isso comporta uma comunicação freqüente com o doador, com "newsletters" periódicas, informando a ele o que foi feito com o dinheiro doado e quais são os novos projetos que estão nascendo. Tudo isso sustentado por um controle e uma análise contínua do banco de dados, ou CRM, como queiram chamar. Desta forma conheceremos o comportamento dos doadores, saberemos como abordá-los, qual a mídia adequada e qual o seu progresso em relação à instituição. E saberemos também ser justos e agradecer pelo que ele faz à nossa entidade.

Em Fundraising: S² = 0


Deve-se ser sútil na hora de fazer um pedido de doação? 

Aqui vale a mesma equação dada por Gordon Lewis em suas obras sobre comunicação direta: 

S² = 0 

Sutileza ao quadrado igual a zero. 

Não faça seus doadores adivinhar onde você quer chegar. 

Diga-lhe isso logo na primeira página. Se possível, no primeiro parágrafo de uma carta ou de um e-mail. Lembre-se que ele não está lhe dando toda atenção do mundo enquanto lê o seu texto. 

Você precisa perguntar claramente se ele vai doar, pedir repetidamente, pedir com confiança e paixão

Sua causa é muito importante e urgente para você ficar com sutilezas. Seja con-vin-cen-te

Ser sutil é o caminho rápido para o fracasso na angariação de doações.


A Internet é a sentença de morte para a Mala Direta de Fundraising?


Nem de longe. 

A Mala Direta continua sendo o meio mais eficaz de captação de recursos depois da cestinha passada durante as missas nas igrejas. 

E é muitas vezes mais eficaz do que um e-mail. 

Mas a forma como ela funciona está mudando. Cada vez mais a Mala Direta e a Internet estão se tornando interligados. Os doadores são movidos pelo calor e pelo toque pessoal da mala direta, em seguida pesquisam sobre sua entidade na Internet e muitas vezes doam através do site. 

Os valores médios de doações on-line costumam ser um pouco maiores que os da mala direta, mas a combinação dessas duas mídias gera maior frequência de doação e maior retenção. 

Tudo indica que esse comportamento está a caminho de se tornar a maneira típica de doação. Para ser eficaz, precisamos ter certeza de que nossa mala direta e nossa comunicação on-line são totalmente integrados: o mesmo visual, a mesma linguagem, as mesmas ofertas, os mesmos projetos. 

Uma vez me perguntaram: se o coração de mala direta é o fato de uma pessoa escrever para outra, oferecendo-lhe uma chance de mudar o mundo, por que tanta ênfase nas técnicas de criação e redação? 

Na verdade nós rotulamos como "técnicas" coisas que parecem desconhecidas para o comum das pessoas. Coisas como: sublinhado, parágrafos curtos, linguagem coloquial, e notas de margem manuscritas. Enfim, tudo aquilo que professores acadêmicos condenam e dizem que tornam a escrita superficial. 

Mas essas "técnicas" são apenas convenções que nos ajudam a conectar nossa instituição com os doadores. Tudo isso se aprendeu a partir de anos e anos de testes e experiência. Ninguém vai ser louco de ignorar esse conhecimento. 

Dito isto, uma ressalva: qualquer fundraiser que se concentra apenas na "técnica" e não sobre o aspecto mais importante de "uma pessoa escrevendo a outra pessoa" nunca vai realmente ter sucesso.


A generosidade e a cooperação são contagiosas?


Hoje temos livros de auto-ajuda para tudo. 

Desde de como lidar com a obesidade, até idéias para produzir felicidade, ainda que sejam artificiais. 

Mas o que se sabe sobre a generosidade e a cooperação? 

A resposta a essa pergunta é muito importante para aqueles que trabalham em instituições que vivem de doações captadas especialmente entre pessoas físicas. 

De acordo com um estudo realizado por James Fowler e Nicholas Christakis: “Cooperative behavior cascades in human social networks”, eles exploraram o quão extenso é o comportamento cooperativo ou generoso e como uma pessoa poderia espalhar isso dentro da rede. 

Eles descobriram: 

1. Que embora esteja fora da genética, a tendência humana é para imitar os outros, daí o poder das normas sociais. 

É por esse processo que a cooperação definitivamente se espalha em redes humanas. 

2. Altruísmo se espalha em cascatas. 

Por exemplo, eu faço uma coisa boa, que inspira a outra pessoa para fazer uma coisa boa, que solicita ainda uma outra pessoa a fazer uma coisa boa. 

3. Comportamentos não cooperativos também se espalham em cascatas, infelizmente! 

E o que isso significa para nós? Que devemos priorizar nossas ações de relacionamento com os “campeões de nossa causa”. 

Eles são importantes, porque quando eles ajudam a nossa causa, eles inspiram os seus amigos - e amigos de amigos - para também ajudar os outros. 

Por isso incentivar seus membros ou aderentes a contar seus próprios atos de generosidade é propiciar esse contágio

Colocar holofotes sobre atos de generosidade, produz as cascatas de colaboração, ainda maiores. 

Esse é o tipo de contágio que todos nós gostaríamos de ver no mundo.




As pessoas estão saindo da sua lista de e-mail marketing. Isso é bom ou é ruim?


O Google anunciou essa semana que vai colocar na parte do superior dos e-mails o botão "unsubscribe" para facilitar de você deixar de responder aquelas newsletters que no passado lhe interessou mas que agora se tornaram indesejáveis.

E já começou a acontecer. Vi isso nos meus gmails deste final de semana.

Isso é bom ou isso é ruim para nossas listas de Fundraising?

Eu não consigo ver nesta decisão do Gmail um "golpe enorme" para o e-mail marketing como comentaram algumas revistas especializadas. 

Tampouco considero prejudicial para nossa atividade de Fundraising quando exercida através de envios de apelos por e-mail. 

O que é melhor? Que a pessoa se retire de sua lista por livre e espontânea vontade, ou ela simplesmente clique no ícone de "spam" prejudicando sua reputação junto aos provedores, sendo que ela mesma um dia pediu para para se inscrever? 

Por que os "unsubscribes" são uma coisa boa para nós? 

Primeiro, você está se livrando daqueles que não se interessam mais por suas comunicações. 

Portanto, capriche na visibilidade de seu botão "unsubscribe", independente do Google. 

A porta de saída de seu banco de dados tem que ser larga! Ela é um excelente qualificador para aqueles que ficam. 

Se o número de abandonos for grande, você deve analisar sua comunicação. Por que ela deixou de ser interessante? 

Serão os temas abordados, será a frequência de e-mails, será a relevância (segmentação do seu banco de dados + escolha de temas)? Como conseguir ser cada vez mais relevante? (Isso será tema de outro post).

Mas uma dica já podemos adiantar: você costuma ler os comentários de seus simpatizantes, aderentes e doadores? Você procura conhecê-los cada vez mais e entender melhor as razões pelas quais eles se motivam a doar para sua entidade? 

Outra dica: procure analisar os "curtir" de suas páginas de Facebook. Eles ajudarão a conhecer também o que gostam e o que não gostam (ou gostam menos) em sua comunicação. E, nesse caso, o número será importante, pois ele indicará como você está atraindo ou não o público que lhe interessa. 

Esse é apenas um sintoma. Estou longe de afirmar que a quantidade prevalece sobre a qualidade. De que adianta ter 1.000.000 de "curtir" se as pessoas pouco se importam com sua causa ou com o que você faz? 

Se alguém deixa sua lista, ou deixa de seguir você, não é o fim do mundo. Nem se abale com as críticas. Analise-as de cabeça fria. Você não vai agradar a todos. Alguns vão pensar que você envia muitos e-mails. Alguns vão pensar que você não informou o bastante. Outros irão se ressentir por você lhe pedir doações ou algum trabalho voluntário e outros porque você nunca lhes pediu nada... 

Para resumir: sim, acompanhe esses números. Mas sem fobias. Procurando melhorar sempre a comunicação de sua instituição e vendo se os resultados em doações espelham isso

Se você não concorda com o que estamos dizendo aqui... cancele já sua assinatura deste blog. Unsubscribe...

Por que será que você não consegue recursos para sua Instituição? Afinal, é uma obra tão boa!



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Os 5 principais Erros de uma Comunicação de Fundraising


Segundo uma pesquisa da Associação dos Profissionais de Fundraising americana, 105% dos doadores obtidos por organizações sem fins lucrativos foram para compensar os que sairam do fichário. 

Explicando melhor. para cada 100 novos doadores que entraram no banco de dados, 105 sairam! Não é bem exatamente o que se poderia chamar de "crescimento". 

O que me parece incrível é o fato de fazerem essa pesquisa depois que o problema já aconteceu. Não daria para ter previsto? Não tinha ninguém analisando quadros e tendências? 

Uma das melhores maneiras de melhorar a sua taxa de churn de doadores é - supondo que eles foram bem conquistados, tanto Doadores Esporádicos quanto Mensais - melhorar as comunicações com eles. 

Aqui vão 6 dos piores erros de comunicação com doadores, e algumas dicas de como evitá-los: 

1. O "Só falam de dinheiro", chamado nos EUA de "One and Done". 

Infelizmente para alguns doadores, a única "comunicação" que recebem de organizações sem fins lucrativos que apoiam é um recibo de doação... 

Outros podem receber uma boa carta de agradecimento, mas não muito mais. E em geral cartas formais, escritas sem pensar na retenção e fidelização do doador, apenas para "cumprir tabela". 

Como evitar? 

Planeje uma série de comunicações com seus doadores que não tenha por objetivo específico solicitar doações. Agradeça sempre que puder, mande-lhe informações sobre o andamento de campanhas que participaram. 

Fale o impacto que suas doações produzem nos projetos da sua Associação e do entusiasmo que sua doação gera nos quadros de voluntários que se sentem apoiados e estimulados. 

2. O "Eu Eu Eu" 

Algumas causas sofrem de narcisismo sem fins lucrativos. 

Eles querem contar o que fazem, querem informar, mas suas mensagens são desprovidas de um ingrediente fundamental: o doador

Pessoas que apoiam o seu trabalho também querem se sentir como parte de sua equipe. 

Como evitar? 

Em vez de falar apenas sobre o trabalho que você está fazendo, reformular as suas comunicações para sublinhar como o doador está participando de cada detalhe daquele trabalho, e como todo sucesso se deve à sua ajuda. 

Use a palavra "você" mais do que "nós", e destaque o trabalho de doadores e voluntários individuais, trazendo histórias concretas de dedicação para eles. 

3. O "Aluguel de Projetos" 

Com demasiada frequência, organizações compartilham praticamente as mesmas informações, os mesmos feitos e projetos. Isso só serve para aborrecer os doadores. 

Eles podem se perguntar se você não está fazendo nada de novo ou qualquer progresso numa idéia que é apenas sua. 

Como evitar? 

Crie um calendário editorial para ajudá-lo a melhorar suas comunicações com os doadores. 

Crie uma lista de histórias, eventos, anúncios e temas sazonais que são relevantes para a sua causa e seus doadores. 

Coloque-os em seu calendário para incorporar a variedade em seus boletins de notícias, atualizações de impacto, e divulgação na mídia social. 

Está sem idéias? 

Pergunte aos seus doadores, voluntários e beneficiários. Eles têm uma perspectiva diferente do que você e, provavelmente, tem algumas sugestões frescas. 

4. A "Verborragia" 

Você não tendo novidade, ou não sabendo onde encontrá-las, fica entrando em detalhes sobre projetos que não interessam absolutamente ao doador. 

Se seu texto parecer uma muralha sólida (mas com excesso de argumentos) os seus apoiadores são menos propensos a lê-los e pode sentir que você não sabe respeitar o pouco tempo que têem. 

Como evitar? 

Na maioria dos casos, as pessoas "scaneiam" mais do que leem uma mensagem. 

Isso significa que o texto tem que se ater exclusivamente àquilo que é relevante para ele e não para o redator. 

Especialmente em mensagens online. Use uma estratégia de "teaser e link" em seus e-mails, se você tem mais histórias para compartilhar. 

Para fazer com que suas mensagens sejam ainda mais legíveis, corte quaisquer siglas, jargões ou uma linguagem interna, da qual estamos acostumados e que vai fazer o doador ficar coçando a cabeça, sem entender. 

5. O "Desconectado" 

Você já se sentiu como se estivesse falando, mas ninguém parece estar ouvindo? 

Na maioria das vezes, isso acontece porque você não está se comunicando de uma forma que reflita o que o seu doador quer ouvir. 

Quantas vezes o criador da comunicação pensa nisso antes de começar a escrever: o que ele quer ouvir? 

Isso geralmente acontece quando as organizações não estão em sincronia com o porquê de seus doadores colaborarem. 

Como evitar? 

Converse com seus doadores para entender por que eles se preocupam com o seu problema e o que os levou a dar. 

Peça feedback sobre as suas comunicações e deixe seus doadores falarem, para você entender o que eles esperam ouvir de você. 

Tente segmentar seus doadores. Analise como como eles chegaram até sua organização, como decidiram doar, ou por quais programas específicos apoiam. 

Alguém já fez isso? Já pensou em fazer isso? Já pediu gravações de conversas com doadores para entender melhor suas motivações?  
Então, comunique-se com eles com base nesses parâmetros para tornar a sua mensagem mais relevante. 

6. O "Eu te procuro porque preciso" 

Você sabe aquele parente que nunca te chama, exceto quando ele precisa de algo de você? 

Não seja assim com o seu doador. 

Quando os doadores só ouvirem falar de você quando você tem uma necessidade, eles podem começar a se perguntar o que aconteceu com o dinheiro que já lhe deu. 

Como evitar? 

Implementar uma política de "compatilhar-pedir" que torne a comunicação proporcional. 

Pense um plano para enviar um certo número de mensagens de cultivo ou de atualização para cada vez que você enviar um apelo. 

Essa inclusive pode ser uma boa razão para pedir aos doadores offline que lhe enviem seu e-mail e completar seu banco de dados.

É uma boa estratégia de Fundraising enviar um "jornalzinho" para os doadores?


Como Recuperar Doadores que Pararam de Doar


A sabedoria convencional diz que é mais rentável reter doadores do que adquirir novos doadores. 

Claro que você deve gastar uma boa quantidade de seu tempo cuidando de seus doadores ativos, garantindo que estão vendo o impacto da sua doação e tornando-se parte de sua ação, de seus projetos. 

Neste caso, um grama de prevenção vale um quilo de cura. 

Mas o que você faria se estes doadores parassem de doar um dia? 

Em um boletim recente, a fundraiser americana Lisa Sargent dá sua opinião. 

Ela oferece excelentes exemplos do que para testar para retê-los antes de expurgá-los do banco de dados ou considerá-los ex-doadores. 

Considere estas cinco coisas antes de abordar os doadores que vão se distanciando e parando de doar: 

1. Doadores "caducados" provavelmente não se consideram "faltosos". 

Tenha cuidado como abordar estes doadores. Muitos ainda podem se considerar doadores ativos de sua organização sem fins lucrativos. 

Só porque eles não estão dando com a frequência que você gostaria, não significa que eles não se sentem importantes contribuintes para a sua causa. 

Reconheça suas contribuições e certifique-se de que eles saibam a diferença que fizeram com suas doações. 

Na maioria dos casos, a sua próxima divulgação para este grupo poderia ser um "relatório de impacto". 

2. Segmentos diferentes têm necessidades diferentes. 

À medida que você construir relacionamentos com os doadores, lembre-se que você tem grupos de afinidade que têm motivações específicas para doar, e doar de formas diferentes. 

Criar um plano de cultivo com essas variações em mente, e fazer o mesmo para aqueles que têm ignorado um pedido de doação.

Impedir que ele abandone é melhor, mas a intervenção precoce pode ajudar a trazer uma parcela desses doadores de volta da beira do abismo. 

3. Envolvê-los com algo diferente. 

É provável que os chamados doadores "caducos" ainda estão interessados ​​em apoiar sua causa, de alguma forma. 

Ofereça algo de novo a este grupo, tais como pesquisas, ferramentas de trabalho, oportunidades de voluntariado, ou convites para eventos para avaliar se ainda estão interessados. 

Estas actividades irão ajudar a manter a sua causa top of mind e comunicar o impacto de seu trabalho, o que lhe permitirá construir uma situação que o ajude a doar novamente. 

4. Olhe-se no espelho. 

O seu modelo de administração do doador é tudo o que poderia ser? 

Realize uma auditoria de suas comunicações com os doadores. Em seguida, analise com uma linha do tempo a sua taxa de churn de doadores. 

Estude os momentos críticos da vida de seu doador e prepare-se para atuar nessas horas, ser convincente. 

Se você já tem uma régua de comunicação para esses períodos, é hora de uma revisão. 

5. Tenha uma conversa. 

Se por um longo tempo alguém doou, e doou muito, e de repente parou, é hora de pegar o telefone e descobrir mais. 

Use isso como uma oportunidade para conhecer e compreender se está tudo ok, tanto para o seu doador quanto para sua organização. 

Está acontecendo alguma coisa no mundo de seu doador que interrompeu seu apoio, ou que o tenha azedado por uma falha de comunicação? 

Talvez eles tenham se cansado de sua relação atual com você e não tem certeza de que tem outras oportunidades de fazer mais por sua causa. Esteja preparado para abraçar todo e qualquer feedback. 

É provável que seja uma conversa dessas "olho-no-olho" que pode mudar a sua compreensão de seus doadores. Olhe para as razões pelas quais os doadores podem parar de dar à sua organização e seus ciclos de angariação de fundos. 

Entenda-os primeiros para, em seguida, colocar um processo de remediar, reativar, ou de aposentar esses contatos.

6 Coisas Sobre Mala Direta de Fundraising que Ninguém Fala a Respeito


RELAXE, sente-se em uma cadeira confortável e respire fundo. 

Esvazie sua mente de todas as idéias pré-concebidas. Respire fundo outra vez. Então responda as seis questões a seguir. 

1. Você realmente está dizendo a verdade em sua mala direta?

Realmente? Não seja defensivo. Releia seu texto cuidadosamente. Tenha certeza que você não está dizendo aos doadores novos e antigos que “de cada real enviado, 94 centavos serão usados para alimentar crianças” quando, na realidade, foi preciso muita criatividade (e ilegalidade) nas contas para chegar a esse número. 

Ainda pior, você ainda manda aquela velha mensagem com uma história dolorosamente datada? Tome cuidado. Tome muito cuidado. No fim das contas, a única coisa que temos no ramo da mala direta é nossa credibilidade. Tenha certeza que você não está arruinando-a com afirmações que não pode comprovar. 

2. Será que você não está afastando seus doadores com excesso de mala direta? 

Sim, eu sei perfeitamente que mala direta funciona melhor quando mantemos contato constante com o doador. Mas cada uma de suas cartas é um apelo "pesado"por doações? 

Você entra em contato – através de outros meios – com seus doadores, para saber se eles estão satisfeitos com o volume de cartas que recebem? 

Não muito tempo atrás, algumas agências que trabalhavam em conjunto com uma grande organização de escala internacional sem fins lucrativos, em um programa de levantamento de fundos por mala direta vencedor de múltiplos prêmios e que estava rendendo milhões anualmente, resolveram analisar essa questão. 

Resultado: nos testes realizados, quase todos os doadores da organização expressavam ódio a respeito desse programa. Não, não me refiro aquela raiva que as pessoas demonstram quando dizem que odeiam receber mala direta em casa, eu estou falando de ódio de verdade. 

Anos antes, eu tive contato com uma organização grande, americana, e que era conhecida por fazer apelos freqüentemente. Eu sugeri à organização que os resultados a longo prazo aumentariam se eles reduzissem a quantia de apelos enviada, e se ignorassem em seus envios as pessoas que raramente respondiam aos apelos. 

Entretanto, eles argumentaram que a experiência tinha mostrado que cada segmento para o qual tinham mandando a mala direta era rentável, nem que fosse só um pouquinho – e eles continuaram com essa prática. 

Eles jamais admitiriam que suas baixa taxas de renovação tinham algo a ver com esta prática. Mas tenho suspeitas de que o sucesso desse programa de doações se explicava devido à fortíssima ênfase na renovação de doações únicas em detrimento da construção de um relacionamento duradouro. 

3. Os dados sobre doadores no seu arquivo estão corretos? Tem certeza? 

Naturalmente, cada organização sem fins lucrativos se orgulha da qualidade de seus dados. No entanto, como é possível que tantas listas de doadores sejam tão pouco atualizadas? Não acredita em mim? 

Tente enviar uma mala direta de prospecção para a sua base de dados e veja a pilha de “cartas devolvidas” subir! 

Se sua lista de doadores for mesmo precisa, você é excepcional. 

Imprima sua lista e faça uma consulta rápida com os olhos: são grandes as chances de você encontrar o CEP faltando, cidades ou estados omitidos, nomes e endereços horrorosamente mal digitados, além de muitas duplicidades. 

Infelizmente, atualizar dados é um processo meio desprezado pelos programas de levantamento de fundos. A maioria das entidades busca gastar o mínimo possível nessa atividade. 

Na realidade, esse processo é o que há de mais importante numa mala direta, pelo menos na opinião de quem recebe os apelos. Se você escreve errado nomes e endereços, é quase certo que seu programa de levantamento de fundos irá sofrer. 

Um pequeno envolvimento extra para manter seus dados corretos e atualizados é útil a longo prazo. 

Lembre-se: apesar de todo o trabalho envolvido na criação, os elementos do envelope externo que mais chamam atenção são o nome e o endereço do destinatário. 

Muitos doadores em potencial automaticamente jogam no lixo uma mala direta com esses dados incorretos. 

4. Você envia agradecimentos em uma semana após uma doação ser feita? 

Agora, por favor, não me diga que você nunca envia agradecimentos, ou só envia para doações acima de R$1.000,00. 

Seu chefe executivo pode achar que agradecimento é algo opcional – mas seus doadores não. 

Se você não está enviando agradecimento para cada doação feita (exceto quando o doador escolhe não receber nada) você está cometendo um grande erro. 

Se seu agradecimento não for enviado em até uma semana após a doação, as chances da doação ser repetida caem muito. Na verdade, se você enviar o agradecimento no dia seguinte, muito melhor. 

Em grupos de teste, doadores revelaram ter ficado chateados por receberem o agradecimento muito tempo após a doação, ou pior, nem receberam. Por que isso ocorre? 

A triste verdade é que a maioria das entidades sem fins lucrativos faz um trabalho muito ruim para agradecer seus doadores. Nos EUA há um case de um doador anônimo, que, por alguns anos, enviou cheques de $20 ou $25 para 30 das maiores organizações de caridade e tomou nota das respostas: é raro receber um agradecimento dentro de uma semana

A maioria leva um mês ou dois para responder. Muitos nem respondem – exceto com apelos subsequentes. 

Então, se você está no comando de um programa de resposta e agradecimento muito eficiente, você tem uma vantagem competitiva que fará a diferença com uma maior taxa de renovação e maior lealdade. 

5. O seu package de mala direta é idêntico ao de todo mundo? 

Claro, a Mala Direta tem seus limites. Por exemplo, todos nós temos que usar envelopes, porque muitas pesquisas já mostraram que outros formatos não funcionam. 

Mas será que isto significa que toda carta de mala direta precisa mesmo ter um teaser? 

E isto significa que todo envelope tem que ser branco padrão? 

Não irei me aprofundar na questão do envelope. São os teasers que me incomodam. A única razão na qual consigo pensar para explicar por que teasers são universalmente usados é... bem, porque sempre foi assim. 

Todo mundo usa teasers – certo? Mas por quê? Teoricamente, claro, um teaser “ajuda um envelope a ser aberto”, o que impulsiona as doações. Mas será que essa teoria está correta? 

Em muitas ocasiões, meus colegas e eu testamos teaser contra sem teaser. Em apenas um único caso, o teaser se provou render mais resultados do que sem teaser. Em todos os outros casos, os sem teaser se saíram tão bem – ou até melhor – dos que os com teaser. 

6. Você está treinando seus doadores para receberem “brindes grátis” de você? 

Não é à toa que brindes são o pilar de qualquer programa de aquisição de doador. Brindes aumentam a resposta dos doadores. 

Algumas organizações defendem que doadores conquistados através de brindes são menos leais e doam muito menos do que doadores conquistados através de um apelo normal. 

Mas muitas outras organizações insistem que os testes mostram o contrário: doadores adquiridos com brindes são tão leais quanto os outros. 

Em algumas organizações, o uso intenso de brindes não se limita à aquisição de um doador. Brindes – pingüins de geladeira, calendários, cartões de boas-vindas – são pilares em renovação, pela mesma razão que são usados em prospecção – eles aumentam a resposta. 

O que essas práticas ensinam aos doadores? E quanto as suas atitudes a longo prazo – sentimentos que influenciarão na decisão de continuar a doar ou não? 

Usando brindes para induzir respostas, estamos acostumando os doadores a doarem para receberem algo em troca ou para ajudarem uma entidade filantrópica? 

Mantenha em mente que pesquisas mostram que os melhores doadores são aqueles que se importam com a missão de sua entidade. 

Se seus doadores esperam algo de você a cada doação, o que eles vão estar aprendendo sobre sua missão? 

Agora, uma vez que você é um leitor observador, você já deve ter notado um padrão nessas seis questões: ela refletem minha convicção que o levantamento de fundos em geral – e mala direta em particular – se sai melhor quando aplicado levando em conta o ponto de vista do doador

Sim, eu acredito que você vai arrecadar mais dinheiro a longo prazo se você operar seu programa de mala direta construindo relacionamentos com quem paga suas contas. 

E isso só é possível quando você se esforça para comunicar com honestidade, precisão e da maneira mais rápida e eficiente possível com seus doadores.

(Saiba mais aqui)

(fonte de pesquisa: Mal Warwick)

Crise na Santa Casa: apenas reflexo da Crise da Saúde no Brasil?



A matéria abaixo deixa claro que o Poder Público não vai conseguir resolver rapidamente (se tivesse vontade de assim o fazer) essa crise pela qual passa a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e as demais Santas Casas do País.

Leia a matéria: 
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/08/dividas-comprometem-atendimento-de-santas-casas-espalhadas-pelo-pais.html

Para tanto, essas instituições deveriam recorrer rapidamente àqueles que realmente são generosos e poderiam fazer algo: a iniciativa privada, as pessoas físicas, a generosidade do povo brasileiro (através de um programa de fundraising bem estruturado).

Em alguns locais, o governo exige uma auditoria para continuar ajudando. Nada mais normal. Mas, em geral, essa auditoria vai se focar apenas em questões fiscais e contábeis, quando deveria envolver uma análise estratégica da gestão dessas instituições e o que elas fazem para levantar fundos de forma profissional e metódica.

Moral da história: dizer que a crise da Santa Casa é apenas reflexo da crise da saúde no Brasil não é inteiramente verdade (embora a Saúde em nosso país esteja na UTI). 

Como disse alguém: este é o único país em que ONGs (organizações não-governamentais) dependem do governo.